sexta-feira, abril 27, 2007

Ao Amigo novo...

"Sabias que acho fascinante conhecer coisas especiais em cada pessoa? Por isso é tão bom conhecer pessoas novas. Os amigos de longa data quase já os conhecemos de cor e a nossa história quase se mistura com a deles. É a maratona da amizade. Quando nos ligamos a alguém que era desconhecido, há como que um salto em altura.

Gosto de te ter na minha vida, amigo novo. Um amigo novo faz-nos pensar em nós, em quem somos para nos apresentarmos e no que gostamos mais para poder partilhar. Depois, há o encontro de ideias, pensamentos, palavras e sentires.

Gosto de aprender algo de novo todos os dias e um amigo novo ensina-nos muitas coisas. Faz-nos pensar em coisas vendo-as de outra forma. Faz-nos imaginar outros mundos com as suas vivências pessoais. Ensina-nos a gostar de outras músicas, outras leituras e outros prazeres.

É preciso ter muito cuidado com as amizades nascentes porque, não conhecendo bem o amigo novo, podemos melindrá-lo sem querer. Fazemos apenas parte do seu presente. Não sabemos do seu passado nem dos momentos felizes nem das mágoas que carrega consigo.
Por isso, amigo novo, fala comigo sem reservas mentais. Abre o teu coração como as folhas dum livro ainda por preencher. Se te magoar, perdoa-me. Se te alegrar, sorri-me, mas não deixes que malentendidos possam turvar as águas desta amizade nascente.

Quando quiseres já sabes onde encontrar-me. Quando precisares chama por mim. Logo que eu puder responderei ao teu apelo."


Um abraço de amorizade

Borbulhas

A um mês do casamento aparecem-me borbulhas por todo o lado.
Isto não é normal.

sexta-feira, abril 13, 2007

No meu horóscopo hoje

"Com os nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo (Buda)..."

quarta-feira, abril 11, 2007

CPM

Uma das coisas importantes (e são muitas) que tenho decifrado destas reuniões é de que o nosso grupo de almoços e fins de semana tem um papel muito mais enriquecedor* do que aquele que até agora eu me tinha apercebido.
Olhando para trás e fazendo uma instrospecção percebo o porquê de gostar tanto destes encontros.

Obrigada.

*- Não menosprezando tudo o resto, claro.

segunda-feira, abril 02, 2007

Para reflectir

texto extraido do Holos

"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e,apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis. E um exército de professores explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.

Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho. Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. Não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os
clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é
a excelência, mas sim a felicidade!
"

Texto de João Pereira Coutinho, Jornalista.

Eu própria sinto isto e não tenho filhos, o que seria se os tivesse....